Tipos de Vinho | Tranquilos
VINHOS BRANCOS
Vinhos brancos são elaborados a partir de castas brancas ou tintas. As uvas são selecionadas e esmagadas de forma a que as peles se rompam. Através da prensagem as peles são separadas do suco, a este são adicionadas leveduras e o resultado é colocado num recipiente de fermentação. Os vinhos brancos são fermentados em barris de madeira ou tanques de aço inox durante duas a quatro semanas a baixas temperaturas (geralmente entre 12 e 22°C) de forma a preservar os aromas frutados. Podem ainda estagiar em barris de madeira, tanques de aço inox ou até mesmo na garrafa dependendo do produto final desejado.
VINHOS TINTOS
Os vinhos tintos são elaborados a partir de castas tintas. As uvas são esmagadas para libertar o suco e, neste caso, tanto o suco como as peles são colocados no recipiente de fermentação. Os vinhos tintos são fermentados a temperaturas mais elevadas em relação aos vinhos brancos (geralmente entre 20 e 32°C). Neste processo são extraídas das peles taninos, sabores e cor. As caraterísticas da casta tinta e do clima, assim como o tempo de contacto entre o suco e as peles, vão determinar a quantidade de taninos, sabores e cor extraídas. As peles têm tendência a flutuar no recipiente de fermentação e, por isso, de forma a garantir que o suco está continuamente em contacto com as peles, este é bombeado (remontagem) ou as peles são empurradas para baixo (pigeage). O contacto do suco com as peles pode ocorrer por mais de duas semanas, dependendo do perfil desejado. Posteriormente, o vinho é escoado do recipiente de fermentação (descubagem) separando‑o das peles, resultando no chamado “vinho flor”. As peles que permaneceram são prensadas, resultando no “vinho de prensa” que contém níveis mais altos de taninos e pode ser misturado ao vinho flor para produzir o lote final. Tal como os vinhos brancos, também os tintos podem estagiar em barris de madeira, tanques de aço inox ou até mesmo na garrafa dependendo do produto final desejado.
VINHOS ROSÉS
Vinhos rosés são igualmente elaborados a partir de castas tintas. O processo de produção é semelhante, mas com alguns detalhes distintos: as temperaturas de fermentação são mais baixas (entre 12 e 22°C) e o período de contacto com as peles é muito mais reduzido (12 a 36 horas). Isto faz com que os vinhos apresentem uma cor mais leve, entre o rosa e salmão.
VINHOS DOCES
Existem vários tipos de vinhos doces. Nesta secção serão apenas mencionados os vinhos doces tranquilos, ou seja, que não sofrem adição de álcool ou açúcares. Dentro das variadas formas de produzir vinho doce, uma delas é aproveitar o facto de os níveis de açúcar nas uvas serem já bastante elevados. Níveis de açúcar assim elevados não se encontram em uvas maduras normais. Desta forma, é necessário concentrar os açúcares nas uvas e, para tal, existem essencialmente dois métodos: secar ou congelar as uvas.
Secar as uvas faz com que estas murchem, encolham, a água evapora e os açúcares ficam concentrados. Este processo pode ocorrer na videira, no caso de as uvas serem colhidas tardiamente (Colheitas Tardias), ou dispondo as uvas já vindimadas num local seco e arejado. Uma variação deste método consiste em aproveitar as uvas afetadas pela podridão nobre (Botrytis cinerea), um fungo que acelera todo este processo.
Por outro lado, congelar as uvas permite que a água contida nas uvas congele, de forma a que no momento em que as uvas são esmagadas, seja possível retirar os cristais de gelo. Ao retirar desta forma a água, obtém-se um vinho com uma concentração de açúcar bastante elevada. As uvas são para isso normalmente deixadas nas videiras e vindimadas no inverno (Eiswein ou Icewine).